Reserva de Emergência
O que é Reserva de Emergência?
A reserva de emergência, como o próprio nome sugere, é uma reserva financeira que você constitui para utilizar em momentos de emergência e imprevistos. Isso mesmo, momentos de imprevistos, e todos sabemos que imprevistos sempre vão acontecer.
De uma forma mais fácil, a reserva de emergência representa um valor que você aplica em um investimento em que você tenha segurança, ou seja, não há riscos de perder o valor investido, e que ao mesmo tempo possua alta liquidez, o que significa que você poderá resgatar o valor investido a qualquer momento.
Situação em que a Reserva de Emergência pode ser usada:
Um exemplo da necessidade de se ter uma reserva de emergência é, por exemplo, uma demissão. Imagine que você foi demitido do seu trabalho. Provavelmente os valores que você irá receber com a rescisão não serão suficientes para garantir o mesmo padrão de vida que você mantém enquanto está trabalhando. Por este motivo a reserva financeira é fundamental, pois lhe trará tranquilidade até você se reinserir no mercado.
Esse conceito também se aplica para empreendedores e profissionais liberais, que dependem da sua capacidade física para produzir sua renda. Nestes casos, se você se envolve em um acidente, ou até mesmo em caso de surgimento de algum problema de saúde que te impossibilite de trabalhar, a reserva que você acumulou durante um determinado tempo será suficiente para você se reposicionar no mercado e financeiramente, sobretudo, sem recorrer a capital de terceiros, evitando assim a incidência de juros.
Como formar a sua Reserva de Emergência?
Como verificamos, a reserva de emergência é fundamental. Mas como formá-la? O primeiro passo é saber qual é o seu custo de vida mensal. Após saber o valor do seu custo mensal, o ideal é que você forme uma reserva ao longo do tempo que tenha em investimentos de alta liquidez e alta segurança, o equivalente de 6 a 12 meses do seu custo de vida mensal investido.
Um exemplo de como você irá identificar o valor do seu custo de vida mensal é o seguinte:
Se todo mês o custo de todas as suas despesas, IPTU, aluguel, financiamentos, alimentação, despesas com dependentes, despesas profissionais, etc., for de R$ 10.000,00, isso significa que você precisaria ter em investimentos o montante de R$ 60.000,00 a R$ 120.000,00, aplicados. Pois caso você perca o seu emprego ou fique impossibilitado de exercer sua atividade por um momento, como vimos na pandemia, ainda assim você teria recursos para viver de 6 a 12 meses com o mesmo padrão de vida evitando que a qualidade de vida da sua família seja prejudicada.
Investimentos que podem ser usados para formação da Reserva de Emergência:
Como vimos um pouco acima, para cumprir a função de formar uma reserva de emergência, o tipo de investimento precisa cumprir alguns requisitos, sendo eles:
• Possuir alta liquidez;
• Alta segurança.
Esses são os principais requisitos que uma modalidade de investimento deve ter para atender a necessidade de formação da reserva de emergência. Observe que a rentabilidade não precisa ser alta, para esse tipo de investimento, até porque quanto maior a segurança, menor tende a ser a rentabilidade.
Já de início é importante pontuar que a poupança não é recomendável para formação da reserva, isso porque, embora possua alta segurança, seu rendimento é muito baixo e sua liquidez é completamente controvérsia, pois a poupança só paga os rendimentos na data de aniversário da aplicação, ou seja, de trinta em trinta dias.
Isso significa que se o seu dinheiro estiver investido a 28 dias em uma conta poupança e no vigésimo nono dia você realizar qualquer compra pela conta poupança ou resgatar o valor por qualquer motivo, você não receberá os rendimentos referentes aos 28 dias em que o seu dinheiro ficou investido, ou seja, a liquidez que a conta poupança entrega não é alta como o senso comum sugere.
Então quais são os investimentos que cumprem os requisitos? Pois bem, temos algumas modalidades, sendo elas as aplicações em CDBs - pós fixados de rentabilidade diária e liquidez imediata e o tão conhecido Tesouro Selic.
É importante pontuar que para ser interessante o investimento precisa render pelo menos 100% do CDI e/ou Selic. Também existem contas remuneradas que rendem 100% do CDI.
No caso dos CDBs, esse investimento refere-se a um empréstimo seu a uma instituição privada, então é importante observar a estabilidade da instituição na qual você investirá. Normalmente esse investimento também possui uma garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), que em caso de falência da instituição, restitui o investidor em até R$ 250.000,00. Ou seja, se o valor investido for de até R$ 250.000,00, e a instituição falir, esse valor será restituído. Caso o valor investido seja superior, apenas os R$ 250.000,00, serão restituídos.
Já o Tesouro Selic, trata-se de um empréstimo ao Governo e, portanto, possui grande segurança, sendo o investimento mais seguro dentro do Brasil, pois para não receber o seu capital investido, seria necessário que o país inteiro falisse.
Antes de começar a investir, estude um pouco mais a respeito do assunto e lembre-se que os investimentos adequados para formação de reserva de emergência, não privilegiam a rentabilidade, mas a liquidez e a segurança. Sabendo disso, comece a poupar e forme a sua reserva de emergência, pois isso te dará mais paz e tranquilidade para pensar em momentos de instabilidade financeira.
Marcelo Barroso.