Qual é melhor: seguro de vida tradicional ou resgatável?

Qual é melhor: seguro de vida tradicional ou resgatável?

Essa é uma dúvida constante dos clientes durante uma assessoria. E para você, qual é a melhor opção?

A Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão que fiscaliza o ramo de seguros no Brasil, divulgou no último dia 13 de maio, que R$ 6,19 bilhões foram arrecadados somente com seguros de pessoas, nos três primeiros meses de 2022 no nosso país. Houve um crescimento de 18,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

Isso mostra que cada vez mais as pessoas estão preocupadas com a saúde financeira da família e por isso passaram a buscar ferramentas no mercado para fazer esta blindagem. Um fato agravante para esse estouro na procura do seguro de vida é a pandemia da Covid-19, que segundo estimativas do conselho nacional de saúde deixou 113 mil crianças órfãs. 

Quando se trata de seguros de pessoas, existem dois principais produtos no mercado que fazem realmente o papel de proteção da família: o velho conhecido seguro de vida tradicional e um segmento que vem crescendo bastante que é o seguro de vida resgatável. Mas, qual é melhor?

 

Para sabermos essa resposta, inicialmente, assim como a prescrição de um medicamento, é necessária uma consulta com um especialista que vai fazer “um diagnóstico”, ou seja, uma série de avaliações como: composição patrimonial, levantamento de dívidas, gastos da família com educação, custos mensais familiares entre outros aspectos. Isso faz toda a diferença quando se trata da escolha da cobertura, pois apesar de ambas fazerem o papel de proteção da família, possuem características distintas como vamos ver.

 

O seguro tradicional, que atualmente representa a maior parte dos seguros de vida ativos no país, oferece ao cliente, no momento da adesão, um valor definido de pagamento mensal que sofre um reajuste conforme o avanço da idade. Na maioria dos casos, quando comparado ao seguro de vida resgatável, possui um valor de pagamento muito inferior, mesmo se tratando do mesmo valor de cobertura.

Quando se trata de um seguro de vida resgatável, o segurado no momento da adesão tem duas opções de pagamento do seguro. Ou por idade alcançada, quando o cliente escolhe entre as idades disponíveis com qual quer quitar a apólice ou na modalidade de tempo fixado, quando é possível escolher um tempo para quitar a apólice, seja por 10, 15 ou 20 anos. Nessa opção o pagamento mensal é nivelado no memento de contratação não tendo alteração conforme o avanço de idade.   

 

Percebemos que o fator preço no seguro de vida resgatável obviamente fica bem mais elevado que no seguro tradicional, porém dois fatores levam muitas pessoas a contratarem o seguro de vida resgatável: a possibilidade de resgate de parte do saldo do seguro, mesmo sabendo que na maioria dos casos não há resgate do saldo total e o fato de seguros de vida resgatáveis não poderem ser cancelados por parte da seguradora.  

 

São muitas considerações para se levar em conta quando se avalia cada tipo, porém com todas essas informações em mãos e um correto diagnóstico financeiro percebemos que cada seguro tem um papel importante dependendo do perfil analisado. A primeira impressão que temos é que o seguro resgatável tem mais vantagens em relação ao tradicional, não é verdade? Pois além de obter a proteção caso o segurado venha a faltar, o seguro lhe dá a possibilidade de resgatar o saldo.

 

Em um estudos apontam que caso um cliente com 40 anos contrate um seguro tradicional de R$ 500.000,00 e invista a diferença em relação a uma cobertura de mesmo valor no Resgatável em um investimento conservador com lucro em torno de 4% de rentabilidade real anual, ele teria acumulado algo em torno de R$ 36.384,17 a mais em sua finanças pessoais.

 

Por outro lado, dependendo do perfil do cliente, alguns pretendem manter o seguro para custear a sucessão de seus bens, e caso o cliente viva até os 86 anos este mesmo seguro de vida tradicional com R$ 500.000,00 de cobertura estaria custando algo em torno de R$ 3.987,43 mensais para seu titular. Um valor bem salgado para uma pessoa que possivelmente está custeando seu estilo de vida somente com reservas próprias e aposentadoria.

A questão é que assim como as pessoas investem para objetivos diferentes, elas também possuem necessidades de proteção diferentes. No mercado além dessas duas possibilidades existem algumas outras para adequar a cada tipo de situação e perfil de clientes fazendo assim com que a proteção seja mais assertiva. Por isso é tão importante o papel de um profissional para o auxílio de uma proteção correta.

 

Realmente não é possível definir qual o melhor entre os dois, somente é possível definir o que faz mais sentido para cada cliente. O importante é não ficar desprotegido.

Lucas Rodrigues


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Lucas Rodrigues Consultor